Nasceu em Cocentaina (diocese de Valencia – Espanha) em 16 de março de 1908 e foi batizada no dia 25 do mesmo mês na paróquia de Santa Maria. Aos 8 anos fez a sua primeira Comunhão. Aos 12, entrou na escola das Religiosas da Pureza de Maria, na cidade de Onteniente, permanecendo seis anos como bolsista. Em 1934, aos 26 anos de idade, entrou no convento das carmelitas descalças de Manises, onde emitiu os votos simples em 9 de janeiro de 1936, assumindo o nome de Margarida Maria do Coração Eucarístico de Jesus.
Por ocasião da perseguição religiosa de 1936, as carmelitas de Manises tiveram que deixar o convento. Margarida encontrou refúgio na casa do Beato Vincenzo Vilar David, mártir, cuja esposa – a senhora Isabel Rodes – era originária de Cocentaina.
Quando foi possível, Margarida conseguiu voltar à casa dos pais, permanecendo ali por alguns meses; mas, para maior segurança, encontrou abrigo na casa de parentes na cidade de Alcoy, ficando ali por todo o tempo que durou a perseguição religiosa.
Na primavera de 1939, Irmã Margarida retornou ao convento das carmelitas de Manises, onde emitiu a profissão solene em 5 de fevereiro de 1940. Em 1948, foi eleita superiora do Carmelo de Manises, função que ocupou até 1951. Diante do aumento das vocações, as carmelitas de Manises fundaram um novo convento em Villa de Buñol em maio de 1951; eram seis as Irmãs fundadoras do novo Carmelo, entre as quais estava a Serva de Deus, que ocupará por muitos anos o cargo de superiora. Em 1982, aos 75 anos, foi eleita priora do convento de Buñol.
Devido à escassez de vocações e à deterioração material do convento, a Serva de Deus, por conselho dos superiores, encarregou-se de uma possível transferência a Lugo. Após ter obtido as permissões do arcebispo de Valencia, do bispo de Lugo e da Santa Sé, fundou em 1983 o mosteiro carmelitano da Santíssima Trindade naquela cidade galega. Madre Margarida Maria do Coração Eucarístico de Jesus permaneceu como priora até 1989. Em 11 de fevereiro de 1992, a Serva de Deus, que estava para completar 84 anos, morreu no Carmelo de Lugo.
O processo diocesano sobre “vida, virtudes e fama de santidade”, instruído na arquidiocese de Valencia, foi encerrado em 24 de abril de 2018.
